segunda-feira, 26 de maio de 2014




Em 2013 nós presenciamos diversas manifestações por todo o país. A verdade, é que não adianta protestar se não aprendemos a votar nas pessoas certas. O brasileiro não se interessa por política e não sabemos o que acontece na nossa cidade, estado e país. Somos completamente ignorantes em relação as políticas públicas e não sabemos comparar propostas dos candidatos aos cargos públicos. Por isso, eu fiz esse "framework"!

Em apenas 10 passos, você poderá ajudar a melhorar a visão de cerca de 200 milhões de pessoas que não sabem votar e evitar que a maioria seja influenciada, negativamente, pela mídia. Ajudará as pessoas do seu estado a analisar as propostas e fazer um "Raio-X" sobre os principais problemas que afetam diretamente a qualidade de vida, o desenvolvimento econômico e social da população. 

Ajude a mudar o Brasil, divulgue os dados do seu estado, compartilhe nas suas redes sociais!!

1) Antes de qualquer coisa, veja se o candidato responde processos por desvio do dinheiro público e a avaliação dele aqui -> http://www.politicos.org.br/ 
* Aproveite e veja os gastos dos políticos aqui

2) PIB (Produto Interno Bruto) tudo que o estado produz, DL (Dívida Líquida) tudo que o estado deve. PIB/DL -> Capacidade do estado em investir e cumprir compromissos econômicos e sociais. Você pode obter esses dados no site do governo do seu estado!

Nada de acreditar em promessas, sem dinheiro o governo não fará nada!. Veja a arrecadação do estado nos últimos cinco anos para ter uma média e faça abatimentos pelos investimentos que o governo precisa fazer em saúde, educação, transporte, segurança, desenvolvimento social, moradia, saneamento básico, desenvolvimento social e o limite dos gastos públicos. Você saberá na hora quem são os mentirosos!

3) Saúde -> Veja quantas UPAs, médicos, leitos e atendimentos o seu estado faz por ano e acompanhe se aumentou ou diminiu nos últimos 10 anos. Qual a qualidade dos serviços de saúde no seu estado?

4) Educação -> Veja quantas escolas o estado construiu, quantas fechou, quantidade de alunos que forma por ano e qual e média de notas no IDEB, ENEM e ENAD em relação ao país. Veja aqui alguns indicadores por estado.

5) Transporte -> acesse http://www.greenpeace.com.br/cade/ e veja se o governo do estado está aplicando a Lei de mobilidade Urbana criada em 2012. Procure notícias sobre a qualidade do transporte público no seu estado e compare os últimos 5 ou 10 anos.

6) Moradia -> Veja quantas moradias foram entregues no seu estado e compare com governos anteriores. Déficit na quantidade de moradias enseja problemas sociais.

7) Saneamento básico -> Qual a cobertura dos serviços de saneamento básico no seu estado? Aumentou ou diminuiu nos últimos 10 anos? Veja aqui a situação do saneamento básico no Brasil.

8) Desenvolvimento Social -> Qual o nível de desigualdade social no seu estado? Como está a acessibilidade aos serviços públicos? Conectividade? Acesso a direitos através da justiça gratuita demora muito? Veja aqui alguns dados do IBGE.

9) Segurança -> Número de homícios aumentou ou diminuiu nos últimos 10 anos? veja aqui http://www.mapadaviolencia.org.br/ Veja também no wikicrimes como estão os crimes no seu estado.

10) Gastos públicos -> aumentaram certamente, mas houve melhoria nos indicadores sociais, como: saneamento, moradia, transporte, saúde, educação, segurança e desenvolvimento social?

Comece por aqui, O IBGE pode fornecer muitos desses dados



Se você seguir esses passos não será manipulado pela mídia e ainda terá subsídios para influenciar mais pessoas a votar no melhor candidato para o seu estado.

Se você seguir esse framework, publicar uma página na Web e compartilhar nas redes sociais. Eu envio o livro Agile Project Management with SCRUM para o seu endereço sem custo. 

Leva o livro: 

1) Quem postar nos comentários [desse post] o maior número de curtições e compartilhamentos nas redes sociais. 

2) Para isso, compartilhe [o link do post público] para execitarmos a transparência e ética com todos que participam dessa iniciativa.

BOA SORTE!! 

Inspire-se, renove-se e inclua-se!

sábado, 17 de maio de 2014

Há um bom tempo propus discutir a relação entre a desigualdade social e os procedimentos QUALIS-CAPES. Muitas pessoas achavam que era uma relação sem sentido, mas um relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) demonstrou que pode ser possível que as desigualdades regionais estejam aumentando por causa disso.

Comecei a pensar sobre as consequências para o desenvolvimento econômico e social, percebi algo muito pior, a crescente falta de escrúpulo na condução de pesquisas científicas. Tal ação está fazendo o Brasil passar vexame em rankings científicos internacionais, mídias especializadas como o Retraction Watch e perder bilhões que poderiam ser aplicados em universidades que necessitam de recursos.

Durante 3 anos comecei a mapear artigos de algumas linhas de pesquisa, detectei como um padrão três ações principais: (i) professores se apropriando de trabalhos de alunos, (ii) criação de uma rede de publicação em revistas e congressos internacionais e (iii) diversos plágios de artigos e esquemas para aumentar as citações de grupos.

Vários alunos relataram em listas e blogs que seus trabalhos estavam sendo “furtados” pelos ex-orientadores. Eles terminam os cursos e os professores publicam artigos sobre os seus trabalhos, incluindo colegas como co-autores que em nada contribuíram no trabalho do aluno. Sobre isso, a lei de direitos autorais é clara: o estudante é sempre o autor principal do trabalho, a ele é reservado o direito de ter o nome incluído em todas as publicações!

A co-autoria também é um artifício utilizado para aprovação automática de artigos em conferências e revistas, tornando-se outro ato comum entre as más condutas na pesquisa científica. Percebi uma rede com a colaboração de editores e pesquisadores. Os editores são incluídos como co-autores para que a publicação seja aceita em revistas e os pesquisadores que possuem status em determinada linha para facilitar a aceitação de artigos em eventos científicos. Sobre essa prática, estudantes são induzidos a participar de esquemas de co-autoria, e pela falta de divulgação de boas práticas nas pesquisas científicas, acredito que eles nem sabem o que fazem. Entretanto, como autores principais do trabalho, infelizmente tem maiores chances de serem responsabilizados.

A terceira prática mais comum é o plágio, mas há um novo tipo de plágio que não é amplamente divulgado pela mídia científica: o plágio de trabalhos do próprio grupo. Pesquisando artigos de linhas de pesquisa detectei alunos plagiando trabalhos uns dos outros, com cópias de textos e aumentando o número de citações dos trabalhos do grupo em que atuam. Em uma linha, uma comunidade inteira repete essa ação e tenta despistar co-autorias em trabalhos. Ora um é autor, ora é outro colega, formando pequenos grupos. Todas essas práticas são nocivas para a formação do estudante e não contribui para o desenvolvimento da linha de pesquisa. Os estudantes estão enganando a si mesmo, o programa e todo o país. 

Engana a si mesmo porque a formação de um verdadeiro cientista inclui o trabalho ético na condução de uma pesquisa. O cientista deve propor avanços na sua linha de pesquisa e tais avanços podem ser comprovados através das citações do seu trabalho. Organizar grupos de colegas para aumentar a citação de trabalhos é uma fraude, o custo de uma pesquisa no Brasil não é baixo. O dinheiro investido nesse tipo de crime poderia alimentar muitas bocas famintas nas regiões mais pobres do país. 

Engana o programa porque muitos outros pesquisadores conduzem as suas pesquisas com correção e serão todos vistos como corruptos. Uma vez que membros do mesmo programa já praticam más condutas com tanta liberdade, pois falam abertamente e escrevem e-mails sem qualquer preocupação, logo isso sairá na mídia. As universidades deveriam punir com rigor, aplicando sanções internas exemplares para evitar que um pesquisador manche a reputação da instituição. Também, trabalhos publicados e citados por esses esquemas não representam a verdadeira qualidade do programa, é possível perceber estudantes que mal sabem escrever um artigo e como estão despreparados para conduzir uma pesquisa científica após o doutorado. 

Engana o país porque poucos pesquisadores são favorecidos em detrimento de bilhões que são gastos nesses esquemas. Mas o pior está por vir. Por não contribuir na verdadeira formação de cientistas, por não propor inovações verdadeiras que mereçam de fato serem publicadas e inflar a publicação de programas de pós-graduação em que atuam, o dano é muito maior para o desenvolvimento econômico e social do país, pois más condutas estão contribuindo para o aumento das desigualdades regionais.

Embora não existam estudos, é possível imaginar o que todas essas trapaças possam causar. A qualidade na formação de recursos humanos, inovação e fator de impacto das publicações são variáveis contudentes, como consequência, podemos associar também esses dados a queda de algumas universidades brasileiras em rankings internacionais.

Dos muitos males que a falta de escrúpulo possa causar no desenvolvimento econômico e social do país é certo que os bilhões gastos nessas pesquisas poderiam ser investidos em pesquisas que realmente poderiam propor avanços. Os programas de pós-graduação foram expandidos e matricularam muito mais estudantes nesta década como nunca se viu no país. Enquanto isso, muito do que poderia ser aplicado em inovação está sendo utilizado em benefício próprio de pequenos grupos. É preciso analisar cada área de conhecimento, cada grupo de pesquisa e retirar essas pragas antes que estraguem um campo inteiro da ciência no país.

A metodologia que utilizei para fazer esse estudo, que será publicado futuramente, envolveu a investigação de redes de colaboração em diversas linhas de pesquisa. Desde os alunos de graduação até doutorado de alguns pesquisadores das maiores universidades do país. Os trabalhos dos alunos estão nas bibliotecas institucionais, os artigos, as participações em bancas e todas as informações de orientação na plataforma lattes.

sexta-feira, 16 de maio de 2014




  Ética nas Pesquisas Científicas

A civilidade baseia-se, principalmente, na harmonia das relações humanas. A partir de um conjunto de regras de conduta, prega-se o respeito mútuo. Na pesquisa científica é comum ver os relatos de falta de ética ou integridade entre colegas. Seja por competição, ambição pessoal ou aumento da produtividade com ausência de princípios, a FAPESP, o CNPQ e a USP são exemplos de instituições que estão combatendo más condutas com punições que ferem diretamente a reputação, até outras sanções mais severas.

A expressão “integridade da pesquisa” (research integrity) vem sendo utilizada para demarcar um campo particular no interior da ética profissional do cientista, entendida como a esfera total dos deveres éticos a que o cientista está submetido ao realizar suas atividades científicas. No interior dessa esfera existe um conjunto de valores éticos com o respeito à integridade física, psicológica e moral dos seres humanos. A ética profissional do cientista inclui portanto um conjunto de valores éticos, isto é, valores que se impõem ao cientista em virtude de seu compromisso com a própria finalidade de sua profissão: a construção coletiva da ciência como um patrimônio coletivo.

O princípio desse campo particular da ética profissional é: ao exercer suas atividades científicas, um pesquisador deve sempre visar a contribuir para a construção coletiva da ciência como um patrimônio coletivo, deve abster-se de agir, intencionalmente ou por negligência, de modo a impedir ou prejudicar o trabalho coletivo de construção da ciência e a apropriação coletiva de seus resultados. É a essa parte da ética profissional do cientista que remete a expressão “integridade da pesquisa”.

Por conta do crescimento significativo do número de projetos e de pesquisadores apoiados pela instituição nos últimos anos, a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) acaba de lançar o seu Código de Boas Práticas Científicas, com o objetivo reforçar, na comunidade científica paulista uma cultura sólida e bem arraigada de integridade ética da pesquisa mediante um conjunto de estratégias baseadas em três pilares: educação e prevenção; além de investigação e sanção justas e rigorosas.

O código estabelece diretrizes éticas para as atividades científicas dos pesquisadores beneficiários de auxílios e bolsas da FAPESP e para o exercício da função de avaliador científico pelos assessores da FAPESP. É também aplicável às instituições e organizações de qualquer natureza, públicas ou privadas, que se apresentem perante a FAPESP como sedes de atividades científicas (aqui chamadas genericamente de instituições de pesquisa) e aos periódicos científicos apoiados pela FAPESP.

A partir do código de ética da FAPESP, é possível citar alguns princípios:

3.1. Nenhum pesquisador deve facilitar, por ação ou omissão, a ocorrência ou o ocultamento da ocorrência de más condutas científicas. Em caso de dúvida, o pesquisador deve aconselhar-se com o órgão competente de sua instituição de pesquisa ou com a FAPESP.

3.2. Todo pesquisador deve colaborar com a investigação de possíveis casos de má conduta científica conduzida por instituições de pesquisa ou pela FAPESP.

3.3. Nenhum pesquisador deve praticar ou facilitar, por ação ou omissão, qualquer ato que possa ser razoavelmente percebido como retaliatório em relação a quem informe, de boa fé, uma instituição de pesquisa ou a FAPESP acerca da ocorrência de possíveis más condutas científicas ou colabore com sua investigação.

3.4. É considerado ser má conduta científica prestar, de má fé ou por negligência, falsa informação sobre a ocorrência de possíveis más condutas científicas.

Em um âmbito mais geral, as instituições de pesquisa compartilham com os pesquisadores individuais a responsabilidade pela preservação da integridade ética da pesquisa científica. Elas são as responsáveis principais pela promoção de uma cultura de boa conduta científica entre os pesquisadores e estudantes a ela vinculados, assim como pela prevenção, investigação e punição de más condutas científicas que ocorram em seu âmbito.

É nesse sentido que a USP (Universidade de São Paulo) instituiu um regimento próprio para tratar questões éticas que envolvam também as relações humanas:

Artigo 1º - O presente Código de Ética destina-se a nortear as relações humanas no âmbito da Universidade de São Paulo, tendo como postulados o direito à pesquisa, o pluralismo, a tolerância, a autonomia em relação aos poderes políticos, o respeito à integridade acadêmica da instituição, bem como o dever de promover os princípios de liberdade, justiça, dignidade humana, solidariedade e a defesa da USP como Universidade pública.


Artigo 4º - Nas relações entre os membros da Universidade deve ser garantido:
I. o intercâmbio de idéias e opiniões, sem preconceitos ou discriminações entre as partes envolvidas;
II. o direito à liberdade de expressão dentro de normas de civilidade e sem quaisquer formas de desrespeito.

Artigo 5º - É dever dos membros da Universidade:
I. observar as normas deste Código e os postulados éticos da Instituição, visando manter e preservar o funcionamento de suas estruturas, o respeito, os bons costumes e preceitos morais e a valorização do nome e da imagem da Universidade;
II. defender e promover medidas em favor do ensino público, em todos os seus níveis, e do desenvolvimento da ciência, das artes e da cultura, bem como contribuir para a dignidade, o bem-estar do ser humano e o progresso social;
III. propor e defender medidas em favor do bem-estar de seus membros e de seu aperfeiçoamento e atualização;
IV. prestar colaboração ao Estado e à sociedade no esclarecimento e na busca e encaminhamento de soluções em questões relacionadas com o bem-estar do ser humano e com o desenvolvimento cultural, social e econômico;
V. incentivar o respeito à verdade.

Artigo 6º - Constitui dever funcional e acadêmico dos membros da Universidade:
I. agir de forma compatível com a moralidade e a integridade acadêmica;
III. prevenir e corrigir atos e procedimentos incompatíveis com as normas deste código e demais princípios éticos da Instituição, comunicando-os à Comissão de Ética (artigo 40);
IV. corrigir erros, omissões, desvios ou abusos na prestação das atividades voltadas às finalidades da Universidade;

Artigo 7º - Os membros da Universidade devem abster-se de:
I. valer-se de sua posição funcional ou acadêmica para obter vantagens pessoais e para patrocinar interesses estranhos às atividades acadêmicas;
III. fazer uso de mandato representativo de categoria para auferir benefícios próprios ou para exercer atos que prejudiquem os interesses da Universidade;
IV. divulgar informações de maneira sensacionalista, promocional ou inverídica;
 
TÍTULO II
Dos Servidores da Universidade

Artigo 8º - As relações entre os servidores devem ser pautadas pelo respeito recíproco, espírito de colaboração e solidariedade e reconhecimento da igual responsabilidade perante a Universidade.

Artigo 9º - A posição hierárquica ocupada por servidores docentes ou não docentes não poderá ser utilizada para:
I. desrespeitar ou discriminar subordinados;
II. criar situações embaraçosas ou desencadear qualquer tipo de perseguição ou atentado à dignidade da pessoa humana;
V. constranger subordinados a desobedecer ou contrariar os princípios estabelecidos neste Código.

Artigo 10 - O servidor docente ou não docente em posição de direção ou chefia deve:
I. zelar para que seus subordinados atuem dentro dos princípios éticos previstos neste Código;
III. promover a apuração de atos de improbidade e de ilícitos administrativos.

Artigo 11 - O servidor deve evitar qualquer conflito entre os seus interesses pessoais e os interesses da Universidade, especialmente em situações nas quais haja:
I. conflito de interesses na alocação de tempo e esforços em atividades não universitárias;
II. conflito de interesses entre a universidade e instituições públicas e privadas;
III. relacionamento pessoal ou profissional do servidor com instituições fornecedoras da Universidade.

Artigo 12 - Nenhum servidor docente ou não docente deve participar de decisões que envolvam a seleção, contratação, promoção ou rescisão de contrato, pela Universidade, de membro de sua família ou de pessoa com quem tenha relações que comprometam julgamento isento.


TÍTULO III
Dos Servidores Docentes
Artigo 15 - Cabe ao docente:
IV. empenhar-se na defesa da dignidade da profissão docente e de condições de trabalho e remuneração compatíveis com o exercício e aprimoramento da profissão;

Artigo 16 - Deve, ainda, o docente:
II. adequar sua forma de ensino às condições do aluno e aos objetivos do curso, de forma a atingir o nível desejado de qualidade;
III. apontar, a quem de direito, itens de regulamento ou normas que possam ser prejudiciais à formação acadêmica e ao desenvolvimento pessoal do aluno;
IV. exercer o ensino e a avaliação do aluno sem interferência de divergências pessoais ou ideológicas;
VI. respeitar as atividades associativas dos alunos.

TÍTULO V
Do Corpo Discente e dos demais alunos da Universidade

Artigo 21 - As relações entre os membros do corpo discente e demais alunos da Universidade devem ser presididas pelo respeito à autonomia e à dignidade do ser humano, não sendo tolerados atos ou manifestações de prepotência ou violência ou que ponham em risco a integridade física e moral de outros.

TÍTULO VI
Disposições Específicas
CAPÍTULO II
Da Pesquisa
Artigo 27 - No desenvolvimento de atividades de pesquisa, o docente deve assegurar-se de que:
VII. tratando-se de pesquisa envolvendo pessoas, individuais ou coletivas, são respeitados os princípios estabelecidos nas declarações e convenções sobre Direitos Humanos, na Constituição Federal e na legislação específica;
 
CAPÍTULO III
Das Publicações
Artigo 28 - É vedado aos membros da Universidade:
II. nas suas publicações, não dar crédito a colaboradores e outros que tenham contribuído para obtenção dos resultados nelas contidos;
III. utilizar, sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa, informações, opiniões ou dados ainda não publicados;

CAPÍTULO V
Registros de Dados e Informática
Artigo 33 - A coleta, a inserção e a conservação, em fichário ou registro, informatizado ou não, de dados pessoais relativos a opiniões políticas, filosóficas ou religiosas, origem, conduta sexual e filiação sindical ou partidária devem estar sob a égide da voluntariedade, da privacidade e da confidencialidade, podendo ser utilizados para os fins propostos para sua coleta.
§ 1º - É proibido usar os dados a que se refere o caput para discriminar ou estigmatizar o indivíduo, cuja dignidade humana deve ser sempre respeitada.
§ 2º - No caso de dados para fins de pesquisa, deve ser obedecido o disposto na Resolução 196-96 do Conselho Nacional de Saúde, atinente à ética na pesquisa envolvendo seres humanos.

Artigo 38 - No que concerne ao uso dos sistemas de computação compartilhados, é vedado aos membros da Universidade:
III. degradar o desempenho do sistema ou interferir no trabalho dos demais usuários;
V. fazer uso de meio eletrônico para enviar mensagens ou sediar páginas ofensivas, preconceituosas ou caluniosas.
TÍTULO VII
Disposições Finais
Artigo 39 - A Universidade criará uma Comissão de Ética com as atribuições de:
I. conhecer das consultas, denúncias e representações formuladas contra membros da Universidade, por infringência às normas deste Código e postulados éticos da Instituição;
II. apurar a ocorrência das infrações;
III. encaminhar suas conclusões às autoridades competentes para as providências cabíveis;
IV. criar um acervo de decisões do qual se extraiam princípios norteadores das atividades da Universidade, complementares a este Código.

Artigo 41 - A Ouvidoria da Universidade e a Comissão de Ética atuarão de forma coordenada para assegurar a plena observância das normas e princípios previstos neste Código.

A ética na pesquisa não é dada somente no conhecimento para conduzir uma pesquisa com correção, está inserida por todo o contexto que envolve o trabalho com o ser humano. Quando um pesquisador é desleal, não só demonstra falta de caráter, mas que os fins justificam os meios e nem toda a educação que teve desde a graduação até o doutorado conseguiu mudar isso. Linhas no lattes não são a causa da falta de caráter, a ausência de princípios, muitas vezes, vem de nascença. Mesmo que se procure encontrar formas equivocadas para justificar a reversão de princípios, em prol das suas ambições pessoais ou coletivas, nada justifica os meios. 

Referências:


  1. Sobre a Integridade Ética da Pesquisa (FAPESP)
  2. Código de Boas Práticas Científicas (FAPESP)
  3. Ética e Integridade na Prática Científica (CNPQ)
  4. Código de Ética da USP
  5. Comissão de Integridade na Atividade Científica (CNPQ)

segunda-feira, 12 de maio de 2014



Resumo

O século XXI foi marcado principalmente pelo êxodo rural em todo mundo. Por causa da urbanização e o desenvolvimento econômico dos grandes centros, bilhões de pessoas foram atraídas em busca de melhores oportunidades. Em 2008, metade da população do planeta vivia nas cidades e estima-se que esse número irá crescer em 70% até 2050. Por conta disso, os engarrafamentos nos grandes centros são frequentes e tem um custo de mais de 50 bilhões por ano só na cidade de São Paulo. Este trabalho sugere a implantação de vias inteligentes para informar em tempo real as melhores rotas de acordo com a capacidade da via através da coleta e envio de dados para um centro de operações integradas de tráfego urbano (e.g., metrô, trem e ônibus). Espera-se construir um software inteligente e integrado com o centro de controle de tráfego da cidade de São Paulo, reduzir o custo com engarrafamentos e proporcionar uma melhoria significativa na qualidade de vida das pessoas. Após, replicar este trabalho por todo o país.

Apresentação no Simpósio Brasileiro de Sistemas de Informação (SBSI 2014) 

Referências



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