terça-feira, 22 de janeiro de 2013

    Pesquisas que investigam as condições de orientação, a qualidade do relacionamento entre orientador e orientando e os impactos desse relacionamento na vida dos orientandos são escassas. Além disso, os programas de pós-graduação enunciam descrições imprecisas e vagas, sem a apresentação de quais seriam as funções, atividades, deveres e condutas de orientadores e de orientandos. Assim cada orientador acaba desempenhando suas funções à sua maneira, como lhe convém, guiando-se por experiências passadas ou por justificativas carregadas de juízos de valor. 
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    É preciso ter bastante atenção, pois o título de doutor não assegura o domínio das aptidões necessárias para o processo de orientação, nem todo doutor é pesquisador, na verdade a grande maioria dos doutores encerra sua carreira de pesquisador ao obter a titulação. Um pesquisador é um profissional que desenvolve com regularidade a atividade de campo dentro de um processo continuado de geração de conhecimento ao longo de sua vida acadêmica. Apesar da experiência em pesquisa, não se pode esquecer que o processo de orientação não se restringe a parte metodológica. Por isso, pode ser muito interessante adotar modelos de orientação em cursos de graduação e pós-graduação e/ou treinar docentes para se tornarem mentores ou líderes.
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    Modelo de Orientação Baseado em Mentoria.
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    Modelo de Orientação Baseado em Liderança.
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    Os modelos apresentados foram baseados em uma pesquisa* com orientadores de mestrado e doutorado, cujo objetivo era apontar soluções para melhorar a qualidade da orientação dos docentes. Se existe algum modelo adotado na sua universidade, você é um dos poucos que não vai precisar dessas 10 dicas para escolher um orientador:
    1. escolha um orientador pela experiência de orientação e escrita científica. Um bom orientador deve ter autonomia de pesquisa depois do doutorado, propondo e participando de projetos de pesquisa, além de possuir publicações individuais.
    2. desconfie se ele é co-autor em muitas publicações depois do doutorado.
    3. pesquise informações sobre o orientador com ex-alunos, professores e alunos de graduação.
    4. desconfie se o seu orientador concluiu o mestrado em mais de 2 anos e doutorado além de 4.
    5. desconfie caso seu orientador não esteja supervisionando graduandos, pode ser um sinal que ele é um péssimo professor.
    6. desconfie quando seu orientador apenas elogia o seu trabalho e não critica seus relatórios de forma aprofundada, ele pode não estar lendo nada do que você escreve.
    7. mantenha-se firme com os problemas e seja transparente com a coordenação informando-a desde o início qualquer problema com a orientação.
    8. troque de orientador imediatamente caso não tenha confiança na orientação ou não tenha um plano de trabalho nos primeiros meses de curso.
    9. não perca tempo com um orientador ruim, troque logo no início para não correr o risco de perder o prazo da qualificação.
    10. comunique a pró-reitoria de pós-graduação da sua universidade se a coordenação do programa for conivente com tudo isso.
    *A maioria dos orientadores não sabe orientar, é o resultado de uma pesquisa apresentada no ENANPAD em 2008 http://www.faculdadefepam.com.br/wp-content/uploads/2012/12/Silva-L.B_Mentoria-e-Lideranc%CC%A7a_ENANPAD_2008.pdf
    Nunca desista, confie no seu potencial!. O universo sempre conspira a seu favor!.

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